domingo, 1 de novembro de 2009

Movimento pela Regeneração da Igreja na historia






Movimento pela Regeneração da Igreja na história


Nos dias da Reforma Protestante, 95 foram as teses. Hoje a tese é uma só: Se tudo é Graça de Deus, então, não há barganhas a serem nem propostas e nem aceitas, jamais.

Portanto, eis como segue:

1. Há um só Deus, que se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo; sendo, no entanto, um só Deus; e tal realidade divina pode ser por nós apenas crida, mas jamais entendida. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus!

2. Tudo e todos os que existem foram criados por Deus e para Deus; e Deus ama a todas as Suas criaturas e criações; posto que sendo amor a natureza de Deus, tudo o que Ele criou por amor o criou.

3. Deus é Amor; portanto, Deus é Graça; visto que somente no Amor há Graça; sendo também esta a razão de Deus haver feito o Sacrifício Eterno pela Sua criação e todas as Suas criaturas, antes mesmo de criar qualquer coisa; posto que o Cordeiro Eterno de Deus, que é também o Filho, entregou-se como Redenção e Remissão de pecados antes que qualquer coisa, ente, criatura ou dimensão tivessem sido criadas.

4. As transgressões que houve e há na criação, não demandaram de Deus um “improviso”, um remendo; posto que a Graça do amor de Deus revelado aos homens não seja um improviso, mas a consecução do amor que já se dispusera a tudo por amor à criação antes de haver mundo.

5. Deus é amor, é, portanto, Pessoa; pois não há amor sem pessoalidade. Por isto ao criar seres capazes da pessoalidade, Deus chamava a Sua criação a um vinculo de relacionalidade com Ele, em amor, verdade e graça.

6. Sendo Deus Eterno e Infinito, e o homem mortal e finito, não há meios de o homem ou qualquer criatura discernirem Quem Deus é a menos que Deus faça revelação de Si mesmo.

7. Portanto, tudo quanto de Deus possa ser sabido nos vem exclusivamente por revelação; seja a revelação Dele mediante a Natureza das coisas criadas, seja pela

iluminação da consciência, seja pelas Escrituras que decorreram da fé de Abraão, seja pela ciência como apreensão da revelação livre que Deus faz de Si mesmo.

8. A Palavra de Deus, portanto, se manifesta de muitos modos; entretanto, uma só é a Palavra; e toda a sua revelação está manifesta em Jesus, que é o Verbo Eterno, a Palavra antes de qualquer Natureza, Consciência, Ciência ou Escritura; posto que somente em Jesus seja possível discernir Deus em Sua plenitude de revelação aos homens. Afinal, Jesus disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai” [...] “Eu e o Pai somos Um”.

9. Sendo Deus Eterno e totalmente transcendente ao homem, tudo o que Dele nos venha é Graça; e sem Graça, favor divino em todas as coisas, nada pode ser por nós apreendido como bem eterno em razão de nossa incapacidade de discernir o Eterno e Infinito, especialmente quanto a aprender a Sua vontade.

10. Além disso, pela mesma razão, somente se pode manter relação com Deus mediante a fé, posto que a fé se abra para todas as coisas, visíveis e invisíveis; e mais: somente a fé não conhece impossível; portanto, somente pela fé se pode manter vinculo com Aquele está para além de toda compreensão.

11. Ora, sendo Jesus o Cordeiro Eterno de Deus que se manifestou na História, o fez no mesmo espírito da Graça Eterna, a mesma concedida à criação e às criaturas antes que houvesse mundo. Por isto Jesus não é o Deus dos cristãos, nem de qualquer grupo humano, nem o fundador do Cristianismo, nem o Deus dos crentes que assim se confessem apenas pela filiação a uma agremiação religiosa... Antes pelo contrário, Ele é a verdadeira Luz que vinda ao mundo ilumina a todos os homens; posto que Jesus tenha sido apresentado a nós como pertencendo a uma Ordem Sacerdotal Superior, não religiosa, não humana, e que é descrita como sendo a Ordem de Melquizedeque, na qual todos os seres humanos, sabendo ou não de tamanha Graça a eles disponível em Cristo, nela estão incluídos por uma decisão unilateral do amor de Deus; posto que Deus estivesse em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo.

12. Desse modo, tudo quanto concerne ao homem como necessidade, surge de Deus como solução do amor na Graça; a saber: arrependimento, fé, salvação, redenção, perdão, justificação, alegria, santificação e esperança eterna. Assim, não há nada que seja essencial ao homem que seja provisão do homem para o homem; pelo contrário, tudo provém de Deus.

13. Por esta razão o povo de Deus é o Povo da Graça; pois, quem quer que esteja em Deus só o está em razão de ter sido incluído gratuitamente em tão grande salvação.

14. Além disso, esse Povo de Deus é chamado a tornar-se seguidor de Deus nos passos de Jesus; e, por isto, só é Povo de Deus [e, portanto, Igreja], aquele que se entregar a Deus apenas crendo que no Cordeiro Eterno, Cristo Jesus, Tudo Está Consumado; não restando ao homem nada a fazer a fim de completar o que já estava Feito antes de haver mundo.


15. É porque o Evangelho é assim, e porque Jesus assim ensina, e, além disso, por ter sido apenas este o Fundamento Apostólico sobre o qual a revelação da Nova Aliança se deu, é que afirmamos com temor e santo temor que:

15.1. O que se fez nesses 1700 anos de História Cristã Romana, da qual a própria Reforma Protestante não deixou de ser herdeira, rompendo com muitas coisas, mas não com todas, tornando-se assim, de certa forma, apenas uma Re-forma, mas não uma Revolução de sentidos, conteúdos, e, sobretudo, de simplificação não de formas, mas de espírito — é ainda algo totalmente insatisfatório; posto que seja ainda um reformar, mas não uma ruptura de conteúdos, de dogmas, de doutrinas humanas, de lógicas mundanas, todas elas criadas pelo Pai do Cristianismo e seus auxiliares históricos: o Imperador Constantino.

15.2. Que o que provocou a Reforma nos dias dos Reformadores do Século XVI, tornou-se algo revivido com ênfases e disfarces de maldade ainda maior entre nós, hoje; posto que agora tudo seja feito com máscaras do “nome de Jesus”, porém, com modos que fazem as vendas de Indulgências que deram pavio ao fogo da Reforma, tornarem-se temas inocentes de presépio infantil.

15.3. Que as barganhas, as negociatas, as campanhas de exploração da credulidade do povo, o uso perverso da Bíblia, o espírito de troca e comercio, as maldições e ameaças pronunciadas “em nome de Jesus”, os novos apóstolos do dinheiro e da prosperidade, o desenfreado comercio da fé como produto, a utilização de todos as formas de manipulação e engano, as inegáveis manifestações de ações criminosas em nome da fé, o uso político da igreja e do nome de Jesus, e tudo quanto entre nós hoje se define como “igreja” e sua prática histórica, não mais é que um estelionato sem tamanho e medida, e que faz a Igreja Católica do Século XVI uma entidade de bruxos aprendizes daqueles que entre nós hoje são pastores, bispos, apóstolos e candidatos diabólicos à divindade.

15.4. Que não é mais possível usar termos como “evangélico”, que deveria significar “aquilo que carrega a qualidade do Evangelho”, nem termos como “Igreja”, que deveria apenas ser a assembléia dos crentes no Jesus dos Evangelhos — posto que “evangélico” tenha se tornado aquilo que no Evangelho é descrito como sendo anti-evangélico, e “Igreja” tenha se tornado aquilo que no Evangelho é apenas uma multidão perdida e sem pastor, tamanho é o descaminho dos seus guias e condutores do engano.

15.5. Que não é mais possível conviver passivamente com tamanho engano blasfemo, sob pena de nos tornarmos indesculpáveis diante de Deus, desta geração, e das que ainda virão.

15.6. Que hoje se ouve a Voz de Deus, dizendo como fez antes muitas vezes, e no futuro ainda voltará a dizer: “Sai do meio dela, ó povo meu!” Sim, pois “o Senhor conhece os que Lhe pertencem”; e deseja separar Seu Povo do convívio perverso não no “mundo”, mas, sobretudo, no “ambiente chamado „igreja‟”; posto que, pela


anuência silenciosa, estamos corroborando o engano para aqueles que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda.

15.7. Portanto, convidamos a todo aquele que ainda crê em Jesus segundo a pureza do Evangelho, que assuma hoje, e para sempre, uma total ruptura com tudo aquilo que se disfarça sob o nome de Jesus, mas que nada mais é do que manifestação do engano, até que chegue o Dia quando todo “Senhor, Senhor” que não teve correspondência de obediência ao Evangelho, de Jesus ouvirá o terrível “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim todos vós que praticais a iniqüidade”.

15.8. Aqui, sem alarde, com total sinceridade no Evangelho, convidamos você a abraçar a busca da Regeneração; pois, o que a “igreja” precisa a fim de se tornar Igreja, segundo Jesus, é de Regeneração, de conversão, de arrependimento e de iluminação do Evangelho na Graça de Deus.

15.9. Portanto, não temos barganhas a fazer com tudo aquilo que, mesmo sendo anunciado “em nome de Jesus”, nada tenha de Jesus e do Evangelho; e assim fazemos porque temos certeza de que seremos cobrados por Deus se nos mantivermos alheios, silenciosos, perversamente educados no nosso assistir da mentira na sua prevalência histórica contra a verdade e a simplicidade do Evangelho.

15.10. Estas são as teses puras e simples deste momento/tempo de Busca de Regeneração de nós mesmos no Evangelho. Quem diz amém ao Evangelho de Jesus, esse não temerá viver todas as implicações dessa decisão proposta não como Reforma, mas como Regeneração.

Nele, que nos chama a servi-Lo hoje, nesta geração, pois a ela estamos endividados pelo conhecimento da Verdade em Jesus,

Caio Fábio D‟Araújo Filho


www.caiofabio.com

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lembrai-vos da mulher de Ló

Jesus e a mulher de lo




“Lembrai-vos da mulher de Ló”— é uma das advertências apocalípticas de Jesus.

As recomendações que se seguem a essa advertência são todas relacionadas a urgência e a total decisão de não olhar para trás quando os “sinais” estiverem se cumprindo...

É como o Caminho do hebreu, é andando...olhando adiante...vendo o invisível...indo...nunca ficando escravo à nada; nem que a tal preciosidade esteja no andar de baixo da casa.

A ordem é para pular do terraço e correr.

É nesse espírito que Jesus trata essa advertência: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.

É estranho que Aquele que falou tanto sobre o perigo do sal perder o sabor tenha também aludido a uma Estátua de Sal quando fala dos perigos da última hora?

É claro que não!

A moçada diria: “Tudo a ver...!”

Sodoma, Gomora, Jerusalém, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus, Paris, New York, ou qualquer outro lugar de morte e violência da terra, não devem ser objeto da saudade que suspira com pena de sua ruína no dia da Grande Fuga...

Quando esse dia chegar cada um não terá sequer tempo para buscar o dinheiro na bolsa.

Esse dia é como o Ladrão que vem a noite.

Um dia esse dia será o Dia...

No entanto, com outras caras, ele sempre chega para cada ser humano muitas vezes na vida.

E o sábio sobe o monte, ou vai para onde puder, mas não fica com saudade do que está sob juízo divino.

Se Deus mandar você correr... Corra!

A existencialidade dessa advertência, “Lembrai-vos da mulher de Ló”, me assusta.

É uma Imagem Tenebrosa!

Uma mulher olhando para Sodoma e Gomorra, e que fica petrificada pelo bafo que veio do juízo que caiu sobre ambas as cidades...

Este é um grande perigo...

Virar algo como essa estátua de sal, que não anda para adiante...mesmo que seja em fuga, como um hebreu deveria fazer; e que fica com saudades dos pecados que não cometeu.

Sim, porque a mulher de Ló não era uma das devassas da cidade.

Não! Jamais seria!

Porém, amou os pecados que não cometeu; por isso, quando chegou a hora de deixar aquilo para trás...ela ficou “como” aquilo que dizia odiar.

Saudades dos pecados que não se cometeu, é o poder existencial e psicológico que mais faz hebreus virarem estátuas de sal.

É aquela doença de quem morre de inveja de quem faz algo que a pessoa considera pecado; e, portanto, odeia quem faz; enquanto morre de saudade de nunca ter feito; e, portanto, se petrifica ao soprar da poeira de Sodoma.

“Lembrai-vos da mulher de Ló!”


sábado, 17 de outubro de 2009

Sadhu Sundar Sing, o apóstolo dos pés sangrentos







Sundar Sing era filho de pessoa rica e proeminente da Índia, onde imperava e ainda impera uma discriminação e racismo brutais, estando o país dividido em castas que praticamente não se comunicam entre si. Conheceu Jesus através da leitura de um Novo Testamento. Essa guinada em sua vida custou-lhe o ódio e a discriminação por parte de todos – inclusive da família, levando-o a viver nos campos e matas, em extrema penúria e também, muitas vezes, em grandes cidades do mundo fazendo conferências.



Sua alegria interior compensava tudo que tinha perdido. Ele próprio dizia que queria viver, tanto quanto possível, uma vida semelhante à de Jesus.



O milagre era uma constante em sua vida. Imagine alguém que não tem onde dormir, nem o que comer ou vestir, andando por selvas, montes, desertos, montanhas geladas e que pudesse sobreviver se não fosse pelo milagre. Imagine, também, as perseguições, prisões, espancamentos de alguém que, qual Daniel, não contasse com um Deus para livrá-lo.



Pois bem, assim era a vida do Sadhu (termo indiano que significa santo ou separado) Sundar Sing: entre visões da glória, transportes, meditações profundas, estados de êxtase.



Certa feita, foi atirado pelos seus algozes dentro de um poço cheio de pessoas condenadas – mortas ou moribundas. Um poço de onde ninguém sairia. A despedida da vida. Quando chegou ao fundo, sentiu o contato morno de algo que nada mais era do que carne humana fétida, em decomposição. Logo em seguida fecharam a chave a boca do poço.



“Não sabia que três dias se tinham passado. Inerte, sentado entre os ossos e os cadáveres, aguardava a morte, quando a boca do poço se abriu. Um vulto irreconhecível surgiu, negro contra o céu da noite. A voz, ampliada, era como o trovão. Ordenava-lhe que agarrasse a corda. E pouco depois, tateando fracamente, encontrou-a. Tinha um nó na extremidade. Firmou ali o pé e segurou-a como pôde. Sentiu que era erguido. Seu corpo oscilou pesadamente de uma parede à outra, até que atingiu a superfície. Fortes mãos o agarraram e o colocaram em terra. O ar fresco invadiu-lhe os pulmões como a água da represa invade o vale, os diques. Tossindo, atordoado, ouviu como em sonhos o ranger da tampa, o som da chave na fechadura. Olhou em torno para conhecer o seu amigo desconhecido, mas viu que estava só na escuridão noturna. Caiu de joelhos e deu graças a Deus. Quem o visse dormindo entre o bulício da faina diária que começava não imaginaria que era o mesmo que estivera no fundo do poço por três dias”.



No final de sua vida tentou várias vezes a travessia do Himalaia, rumo ao Tibete, onde pretendia pregar o evangelho. Da última vez, na primavera, não se conteve. Pretendia atingir o seu destino pela 'Estrada do Peregrino'. Contra tudo e contra todos, foi e desapareceu — por mais que o procurassem, sumiu sem deixar vestígio algum.



O importante é salientar o papel que Jesus representa e pode representar nas vidas daqueles que buscam algo surpreendente, superior e eterno e que não têm medo de confiar n’Aquele que é poderoso para resolver.
Poque Deus esta conosco e ele e fiel e justo.
 
josue araujo

terça-feira, 13 de outubro de 2009

ESSA NOITE EU TIVE UM SONHO



Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Fernando…


Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Tiago dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Paulo dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Julio, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dona Maria, faxineira.

Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.

Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Rogerio e Lia, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Priscila. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Priscila trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada… aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

OLHAR DA GRAÇA?



OLHAR DA GRAÇA?


NOSSO GRUPO não é para os Superespirituais.

Não é para os cristãos Poderosos que têm Benny Hinn como
Herói, e não a Jesus.

Não é para acadêmicos que aprisionam Jesus na torre de marfim

Da exegese.

Não é para gente barulhenta e Fanática que manipula o cristianismo

A ponto de torná-lo um simples apelo ao emocionalismo.

Não é para os místicos de capuz que querem mágica na sua

Religião.

Não é para os cristãos. aleluia., que vivem apenas no alto da

Montanha e nunca visitaram o vale da desolação.

Não é para os destemidos que nunca derramaram lágrimas.

Não é para os zelotes ardentes que se gabam com o jovem rico

Dos Evangelhos: Guardo todos esses mandamentos desde a minha

Juventude.

Não é para os complacentes, que ostentam sobre os ombros um

Sacolão de honras, diplomas e boas obras, crendo que efetivamente

Chegaram lá.

O OLHAR DA GRAÇA

Não é para os legalistas, que preferem entregar o controle da

Alma a regras a viver em união com Jesus.

O Verdadeiro evangelho foi escrito para os dilapidados, os derrotados

E os exauridos.

Ele é para os sobrecarregados que vivem ainda mudando o peso

Da mala pesada de uma mão para a outra.

É para os vacilantes e de joelhos fraco, que sabem que não se

Bastam de forma alguma e são orgulhosos demais para aceitar a

Esmola da graça admirável.

É para os discípulos inconsistentes e instáveis cuja azeitona vive

Caindo para fora da empada.

É para homens e mulheres pobres, fracos e pecaminosos com

Falhas hereditárias e talentos limitados.

É para os vasos de barro que arrastam pés de argila.

É para os recurvados e contundidos que sentem que sua vida é

Um grave desapontamento para Deus.

É para gente inteligente que sabe que é estúpida, e para discí-

Pulos honestos que admitem que são canalhas.

O evangelho e para todos os perdidos no Caminho.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

TEMPOS DIFICÉIS



Nos últimos tempos muitos apostatarão da fé...e haverá tempos difíceis...porventura, quando vier o Filho do Homem encontrará fé na Terra? A certeza é que farão comercio de vós...se possível enganarão os próprios eleitos...e vem todos os sinais e prodígios da mentira...e que o amor se esfriará de quase todos. Para mim todo avivamento que precisa de propaganda e divulgação é sempre outra coisa . Avivamento é aquilo que o Evangelho diz que acontece quando Jesus passa , e quando Jesus passa acontece mudança de vida e não essa loucura em que vivemos onde pessoas são vistas como numero, e o amor foi esquecido. O problema é que para manter esse pseudo avivamento milhares de vidas são entregues nas mãos das trevas espirituais decepcionadas com um sistema onde tem um grande controle de qualidade; em que os fracos são descartáveis.


Devemos nos lembrar dos ensinamentos de Jesus onde ele diz; esse povo me honra com os lábios mais o seu coração esta longe de mim.

Josué Araujo

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

MUITOS ESTÃO COMPRANDO O QUE NOS FOI DADO DE GRAÇA

Graça barata, que parece ser vendida como mercadoria em um shopping de bate palma. Onde o perdão do pecado e a metanóia de uma nova vida são atirados na tua cara à um preço qualquer, na maioria das vezes no de atacado.


Graça o que seria deles se não te achassem tão barata, sem valor. Pois para eles a graça de tudo é que a graça não foi paga por eles, e por ela ter sido paga antecipadamente, pode-se ter tudo de graça.

Graça barata dizem que se ela não fosse de graça, ela não teria graça alguma. Ah! Graça se soubessem que tua graça é diferente, e que não foi dada a nós de graça . Que por trás de ti existe um preço um grande valor.

Pois tu é um tesouro escondido no mais longe dos oceanos, pelo qual o homem deixa tudo e todos para trás, para encontra-lo. É uma perola preciosa que nem todo o dinheiro do mundo poderia adquiri-la. Nisso sim devemos achar graça, que um dia para alguém tê-la em casa, se submeteu a distribuir a metade de seus bens e prometeu restituir quatro vezes mais aquilo que tomou de alguém.

Graça que de GRAÇA só tem o nome, pois ela tem um grande valor. Ela tem um grande valor porquê para tê-la de verdade, custa ao homem sua vida. E o que dá mais graça nisso tudo é que ela te chama para seguir Jesus...





Em Jesus. que não vendeu, mas de graça nos deu, o seu amor.

Tony

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ENTRE MERCADORES, LIBERAIS E ORTODOXOS!




Cada vez mais conheço cristãos que não crêem em Jesus.


Cristãos e sacerdotes da religião cristã, mas, assim mesmo, atendem com mais facilidade qualquer valor ou estratégia, do que à Palavra de Jesus.

Tanto fez se são de linha extremada, exemplo: Neo-Pentecostal; ou se são da linha dos chamados Liberais.

Não importa. Os primeiros não crêem porque brincam com o nome de Jesus, enganando o povo sem pudor e sem temor de qualquer juízo de Deus. Já os do 2º grupo, não crêem também; embora, sem a insinceridade malévola dos primeiros.

Entretanto, tanto faz...

Os primeiros organizam “igrejas-franquias” para ganhar dinheiro. Todas elas são franquiadas... Recaíra sobre eles o que Jesus garantiu em Mateus sete que virá sobre todo lobo vestido de ovelha.

Já os de linha oposta, os chamados Liberais, não crêem também, mas, como são pessoas mais sutis e sofisticadas, desenvolvem meios psicológicos de permanência na “igreja” e até no “ministério”, pois, além do sustento, têm na “igreja” uma confraria, um Lions, uma maçonaria de velhas amizades e de cânticos saudosos; valores psicológicos importantes para eles. Além disso, muitos precisam do púlpito como forma de catarse; do contrario, enlouquecem ou surtam seriamente.

Em meio a esses pólos, temos os Ortodoxos semi-Ateus. Perguntados sobre Deus, eles dizem que crêem. Mas o negam por todas as suas ambições e demonstrações de culto à instituição, como se esta fosse o próprio Deus.

Assusta-me ver como muitos pastores conseguem ficar pregando anos e anos aquilo no que não crêem.

Sim! Muitos e muitos deles não crêem mais...

Do 1º grupo, dos extremados neo-pentecostais, se pode dizer: “O meu povo perece por falta de conhecimento”.

Do 2º grupo, todavia, tem-se que dizer: “O meu povo perece por causa de seu suposto conhecimento”.

Já do 3º grupo, o dos Ortodoxos, tem-se que afirmar: “Meu povo perece por falta de amar!”

Ao mesmo tempo, quando vejo que qualquer das três tendências acima mencionadas, se misturam a algo que poderíamos chamar de “sincera ignorância”, o produto é sempre o mesmo: uma espiritualidade de emblemas, de ritos, de cultos e de afirmações de crença — as quais serão tão mais importantes quanto sejam ou inconvenientes ou apenas escandalizadoras; neste último caso a relação com o escândalo é mais fácil de se apresentar nos do 1º e nos do 2º grupos; posto que os Ortodoxos somente escandalizem pela Fobia do Escândalo que os possui como um demônio.

Quando o pastor de tal possibilidade espiritual é ainda sincero, vê-se que seu culto se dirige à Bíblia ou à Igreja. Mas não se sente que ele tenha nada além de fé como correção doutrinaria diante de seus olhos, existindo quase sempre infeliz e oco de amor.

Intimidade com Deus, então, passa longe.

Confiança e regozijo na esperança da Glória... desvanecem.

Coragem de pregar o Evangelho, simples como ele é, soa como atraso para uns, e, para outros, como falta de visão de mercado.

Os Ortodoxos, no entanto, temem e tremem...; mas amam mais as suas tradições do que a simples verdade do Evangelho; posto que se fossem do Evangelho, e tão somente do Evangelho, isso lhes tiraria os dois deuses que cultuam: a Bíblia, como livro inerrante, e a Igreja, como algo a ser defendido até a morte na Terra; e os colocaria no chão instável da fé que apenas segue a Jesus sem fazer perguntas e sem acrescentar pesos.

O fato é que quem ama, ama a “igreja”; quem trabalha, usa a “igreja”; quem não crê, mas poesia a fé, o faz como recurso de sobrevivência psicológica, tendo a “igreja” como Divã. Já os Ortodoxos, que amam a Deus como conceito Bíblico, esses existem tão vivos quanto a Estatua de Calvino.

Os 1ºs reúnem muito povo para alcançar muito dinheiro. Os 2ºs tentam acalentar almas igualmente saudosas de Deus como as deles próprios. Os 3ºs amam a Deus nas letras das doutrinas... E dizem: “...se ninguém ouvir e ninguém ficar, não importa...”; posto que eles continuarão debruçados sobre o Livro..., masturbando-se com os contornos e nuances das doutrinas...

Enquanto isto, quem teria pique para trabalhar, engana; quem teria mente para ensinar, descrê; e quem teria caráter para ser um Pilar de saúde, torna-se apenas uma Estatua de Sal.

Em algum lugar se ouve o grito do profeta:

“Sai do meio dela, povo meu!”





Caio

“Sai do meio dela, povo meu!”


Em algum lugar ouve o grito do profeta  "Sai do meio dela, povo meu" por que com esse cristianismo atual mais e mais pessoas tem se decepcionado com Jesus. Mais eu acredito que as vozes dos profetas que não se curvarão para o deus deste século ainda clamam no deserto.
Que o Senhor nos abençoe.

Josué

domingo, 6 de setembro de 2009

AOS AMIGOS DO OLHAR DA GRAÇA. "GENTE BOA OS CAMPOS ESTÃO BRANCOS" TENHAM ESSE PRIVILÉGIO.

O mandamento para pregar ao mundo é parte da Graça divina de fazer dos homens Seus cooperadores no semear o bem na Terra, mas não é porque sem o homem e sua boa disposição Deus não tenha como se comunicar com quem Ele bem deseje.
Pregar não é um mandamento para anjos, mas para homens. No entanto, quando os homens não pregam, os anjos pregam.
Sim, se os homens não pregam o Evangelho, tudo o mais prega... A Natureza prega, os rios pregam, as árvores pregam, os jumentos pregam, as mulas pregam, as pedras pregam...
“Por toda a terra se faz ouvir a Sua voz”.
Sim, nesta manhã de domingo Deus está falando...
Está falando nas montanhas distantes do Tibet. Está falando nas ilhas perdidas do Pacifico. Está falando nas tribos silenciosas da África. Está falando com índios puros... Está falando com prostitutas que se deram como pão ao diabo a noite toda... Está falando até com crentes...
Sim, Ele fala por toda a terra...
Fala por sonhos, pela consciência, pela memória de um tempo bom, pela recordação de bons conselhos, pela cogitação do bem gerado pelo Espírito Santo, pela sabedoria silenciosa que Ele derrama sobre todos, pelo olhar simples de um filho, pela lágrima da mãe, pelo esforço amoroso de um pai, pela solidariedade de um samaritano anônimo, pela estrela que diz algo ao mago distante, pelo cicio suave que fala à viúva que ela não está só...; ou, como quase sempre, Ele fala no silencio, no intimo, como segredos de um Pai que a pessoa nem sabe que tem.
Ah, como são presunçosos e arrogantes os que pensam que se não forem Deus não terá como ir!...
Deus é! Deus está!...
Temos que ter esse privilégio de se engajar na aventura de Deus de contar aos homens sobre o Seu amor!
Sim, pois, quando fizermos assim, o maior beneficiado será nós, antes mesmo de ser aquele que nos dê ouvidos.
E mais:
Para nós pregar não tem que ser uma obrigação. Não! Jamais! Pregar tem que ser a nossa alegria,  nossa impossibilidade, nossa paixão, nosso vício santificado, nossa vida, nosso sentido, e nossa razão de ser.
Não pregar seria como amar nossa esposa sem fazer amor com ela; seria como crer que amo e nunca confessar; seria como ser apaixonado e se esconder do amor; seria como saber da vida e não contar nada a ninguém; seria como ver e a ninguém esclarecer sobre o olhar da graça...
Há muitas motivações para pregar...
Muitos pregam para ficar famosos, para terem uma posição fácil, para arrecadarem sem esforço, para suscitarem inveja em outros, ou mesmo por mera disputa de poder e crescimento...
Outros pregam por se considerarem incompetentes para fazerem qualquer outra coisa... Então, por exclusão, sentem-se chamado pela incompetência para o “ministério da Palavra”.
Entretanto, quando alguém prega apenas por amor, esse logo notará que quanto mais pregue, mais a pregação forjará caráter nele mesmo. Ou seja: pregar com amor trás a Palavra para dentro da gente, na forma de caráter e de conteúdo natural do ser.
 Portanto, pregue para o bem de todos, mas, sobretudo, para o seu próprio bem. pois os Campos estão Brancos.
 Entretanto, saiba:
Se você não for, as pedras rolarão..., e dirão a todos os que necessitem aquilo que os homens pedrados se negam a falar com amor.

sábado, 29 de agosto de 2009

E O QUE É ESSA GRAÇA QUE TODOS ESTÃO FALANDO

A gente não fez nada para ter, mas recebeu dos Céus. Graça, no N. Testamento, é “favor imerecido”; é, portanto, aquilo que se recebe sem nenhum mérito. Ora, Paulo disse: “Pela Graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem de obras para que ninguém se glorie”—Efésios 2:8-9 Somos, portanto, salvos pelo favor de Deus; o qual, sendo favor, não decorre de nenhuma forma de ‘pagamento’ divino ao comportamento humano. Somos informando que Jesus, o Cordeiro de Deus, foi imolado antes que houvesse mundo. Portanto, toda a criação é graça divina, posto que nada é sua própria causa. Assim como o Universo é Graça, pois nenhum de nós o ajudou a trazer à existência, assim também tudo mais é dádiva, posto que nenhum de nós, de fato, tem qualquer coisa que não tenha recebido. Nesse sentido, a existência é Graça, em razão de que apenas não seria se fossemos auto-existentes. Ora, o mesmo principio de aplica a tudo o mais que concerne a Deus e ao homem, incluindo a ‘salvação’. No entanto, no texto de Paulo que eu citei, a salvação que é pela Graça, é, também, mediante a fé. Ora, a fé também é graça de Deus, posto que nenhum de nós arregimenta em si mesmo tamanha confiança, que o faça viver em paz com Deus baseado apenas sua própria fé como se por possuí-la isso empretasse à pessoa alguma justiça aos olhos de Deus. Neste caso, seria como não trabalhar, mas aparecer sempre para receber, como se o simples fato de ter crido na bondade do Senhor, trouxesse à pessoa toda a justiça de que viesse a precisar diante de Deus.. Tal fé, todavia, não nasce em nós do 'nada', e nem nos é inata; sendo, portanto, Graça de Deus; visto que nossa insegurança nos remete naturalmente para a necessidade de fazer alguma forma de 'barganha com Deus', e não para a fé que apenas confia. Assim, o próprio ato de crer, é, também, uma dádiva de Deus. Paulo diz que a ‘salvação’ não vem de ‘obras para que ninguém se glorie’. No entanto, nessa passagem, ele está sendo brando. Na realidade, tanto em Romanos como também em vários outros textos dele—todos fazendo eco ao Evangelho, o qual diz que quem ‘crê tem a vida eterna’—, Paulo diz que a salvação é Graça mediante a fé, pois, as obras humanas são carregadas de pecados, por mais virtuosas que sejam. O profeta Jeremias ecoa a voz de Deus ao declarar que as nossas melhores justiças ainda são como ‘trapo de imundície’. Assim, Paulo grita: “Pois todos pecaram, e, assim, destituídos estão da glória de Deus”. A leitura de Romanos e Hebreus, por exemplo, nos afirma de modo repetitivo que a salvação decorre da fé que se centra no que Jesus já realizou por todos os homens. Sim, quando Ele bradou “Está Consumado!”, Ele declarava que todo o trabalho, toda obra para a salvação, estava feita; não pelo homem—posto que nenhum homem tem o poder de se auto-salvar, pois suas obras são trapo de imundície—; mas por Deus, o qual, estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo. Então você pergunta: “E aqueles que vivem em lugares, regiões ou viveram em tempos nos quais tal informação não se fez circular?” Ora, o Evangelho é Boa Nova para mim, que fiquei sabendo. Por isso, anuncio a Palavra da fé a todos os homens, visto que nada há de melhor e mais seguro nesta vida do que confiar de tal modo no amor de Deus por nós (Graça), de tal modo que possamos andar sem a fobia da morte e sem medos de juízos finais. Isto porque o Juízo Final já aconteceu na Cruz, onde o pecado humano foi condenado em Jesus, o qual, levou sobre si as nossas iniqüidades, fazendo-se Ele mesmo “pecado por nós”, conforme disse Paulo. Quem crê nisso, anda em paz, vive em paz e morre em paz! Quem não ficou sabendo, nem por causa disso está perdido. Isto porque Deus não fez e não faz nada que sendo Dele dependa dos homens para fazer bem aos homens. Assim, quem não soube que a dívida já está paga, e que Deus já se reconciliou com os homens, até que venha a saber, sofre; e, freqüentemente, entrega-se, pelo medo, a toda sorte de crenças que demandam obras, sacrifícios, esforços pessoais, e virtudes... que assegurem um ‘melhor encontro de contas entre o homem e Deus’. A Palavra do Evangelho, quando crida, acaba com tal escravidão, e mergulha a pessoa na paz com Deus, que é fruto dela, pela fé, saber que está salva na Graça de Deus, podendo, portanto, descansar de suas obras como algo que tenha efeito meritório. Ora, Deus já se reconciliou com o mundo. O mundo é que ainda não sabe disso! Todo o ensino de Jesus é sobre Graça. Leia, por exemplo, o Pai Nosso, e você verá que o chamado a que se perdoe os nossos devedores decorre do fato de que Deus já perdoou os nosso pecados. Veja também a Parábola do Credor Incompassivo (Mateus 18), e você verá como a base de tudo é uma só: como fui perdoado de Graça, devo também em Graça perdoar. Esse é o Evangelho! Essa é a Boa Nova! Assim, não apenas somos salvos pela Graça, mas também para uma vida de Graça, a qual, entre os homens, se manifesta como uma existência na qual a consciência da Graça (perdão, favor, benefício, etc...) ... gera um espírito de misericórdia em relação ao próximo; e isso tudo fundado numa percepção apenas: aqueles que receberam Graça, esses são filhos dela, e, por essa razão, praticam-na como amor e misericórdia. Não somos, portanto, salvos pela Lei, nem Pela Moral, nem pela Ética, nem pelas Obras de Caridade. Todas essas coisas são boas, mas não são elas que realizam nossa salvação; posto que se assim fosse, ninguém precisaria de um salvador, bastando, para tanto, que fossemos os salvadores de nós mesmos. A Graça, todavia, não é apenas algo para se crer, mas sim, sobretudo, algo para se viver. Não somos salvos pelas obras, para que ninguém se glorie; mas somos salvos para boas obras, e isso para a glória de Deus (Efésios 2:10). Desse modo, a Graça gera uma vida cheia de obras que nada mais são do que frutos naturais dela mesma. A Graça é a semente, é a vida, é a arvore em si mesma. As obras são o fruto, e que é amor, visto que decorre de uma compreensão em fé acerca do amor de Deus por todos nós.